Relembre o ano em que Inter-SM e Novo Hamburgo enfrentaram o Palmeiras no Campeonato Brasileiro

Relembre o ano em que Inter-SM e Novo Hamburgo enfrentaram o Palmeiras no Campeonato Brasileiro

Foto: Verdazzo/Reprodução

No Palestra Itália, Inter-SM saiu derrotado pelo Palmeiras em 1981

O confronto entre Inter-SM e Novo Hamburgo, neste domingo (20), às 15h, no Estádio Presidente Vargas, pela 13ª rodada da Divisão de Acesso, carrega não apenas importância para a sequência da competição, mas algumas coincidências históricas. 

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De acordo com os dados do portal oGol, desde 1977 as duas equipes já se enfrentaram em 39 oportunidades. São nove vitórias alvirrubras, 14 para o Anilado e 16 empates. Entre estes confrontos, um chama a atenção: o único disputado em uma competição fora do contexto estadual. Foi em 1981, quando as duas equipes estiveram no mesmo grupo da antiga Taça de Prata, equivalente à segunda divisão nacional da época. No último jogo da primeira fase para os dois clubes, o Inter-SM derrotou o Novo Hamburgo por 3 a 1, em Santa Maria. 

O resultado, entretanto, não ajudou o Alvirrubro a se classificar para a segunda fase, que não veio por um ponto. Com três vitórias, um empate e três derrotas, o time santa-mariense somou apenas sete pontos. Isso porque, na época, a vitória garantia apenas dois – e não três pontos. Com isso, o Inter-SM perdeu a segunda colocação do grupo e a vaga para a fase seguinte para o Comercial, do Mato Grosso do Sul. Em primeiro lugar na chave, um nome amplamente conhecido no cenário nacional: o Palmeiras.


Os gaúchos contra o Palmeiras

Na primeira fase da Taça de Prata, cada uma das oito equipes de um grupo se enfrentavam apenas uma vez. Além de Inter-SM e Novo Hamburgo, outro gaúcho também integrava o grupo F: o São Paulo de Rio Grande. Contra o grande nome da chave, os três clubes gaúchos não somaram pontos, com o Palmeiras vencendo os três confrontos. 

No dia 25 de janeiro de 1981, no Estádio Palestra Itália em São Paulo, o Inter de Santa Maria entrou em campo com: Décio; Chico, Roberto, Donga e Sadi; Hélio Oliveira, Valdo, Robson (Chicota), Arlem (Doraci); Bebeto e Toninho. Ernesto Guedes era o técnico alvirrubro. Do outro lado, o Palmeiras não vivia seus tempos áureos. A década de 1980 foi dramática para os palmeirenses: entre 1976 e 1993 viveu uma seca de títulos estaduais. 

Mesmo assim, em relação aos adversários da segunda divisão, o Palmeiras se destacava. Contra o Inter-SM, vitória simples, por 1 a 0, com gol do atacante Baroninho, de cabeça (assista o lance abaixo). Diante do Novo Hamburgo, desta vez em solo gaúcho, a equipe paulista venceu por 2 a 0, com um dos gols mais uma vez marcado por Baroninho. 

Com a liderança do grupo, o Palmeiras avançou para a segunda fase da Taça de Prata e, ao ficar em primeiro lugar mais uma vez, garantiu vaga na segunda fase da Taça de Ouro, equivalente à elite nacional. Na prática, disputou as duas divisões no mesmo ano, algo impensável no contexto atual do futebol nacional.


A história do algoz

Autor dos gols palmeirenses contra Inter-SM e Novo Hamburgo na Taça de Prata, Edílson Guimarães Baroni, o Baroninho, viveu o melhor ano da sua carreira em 1981. Conhecido pelos potentes chutes, o atacante começou sua carreira no Noroeste, de Bauru (SP), antes de ser contratado pelo Palmeiras. Entre 1978 e 1983 esteve no clube da capital paulista, por quem disputou 193 partidas e marcou 32 gols.

Pouco depois da Taça de Prata de 1981, Baroninho foi emprestado ao Flamengo de Zico e companhia. Na equipe carioca, passou boa parte do ano como titular, até perder espaço para a ascensão meteórica de Lico. Mesmo como reserva, integrou o elenco que conquistou a Copa Libertadores e, posteriormente, o título da Taça Intercontinental, na histórica vitória de 3 a 0 sobre o Liverpool, da Inglaterra, em Tóquio, no Japão. 

Depois de conquistar sete títulos com o Flamengo em 1981, o atacante voltou ao Palmeiras, onde ficou até 1983. Depois das passagens por dois dos maiores clubes do país, Baroninho rodou por diversos clubes do interior paulista, como Inter de Limeira, Botafogo de Ribeirão Preto e Ferroviária de Araraquara. Dez anos depois da saída do Palmeiras, em 1993, pendurou as chuteiras após retornar ao Noroeste.


Alvirrubros e anilados: um ano de embates

Apesar da eliminação na Taça de Prata, o Inter-SM encerrou o ano de 1981 com uma campanha expressiva no Campeonato Gaúcho. A equipe, com nomes como Foguinho, Donga, Valdo e Toninho, ficou invicta nos quatro jogos contra a dupla Gre-Nal no octogonal final, terminou em terceiro lugar, foi campeã do interior e garantiu vaga na Taça de Ouro de 1982, a primeira divisão do campeonato brasileiro.

Mas além de ter disputado a segunda divisão nacional no mesmo grupo do Novo Hamburgo, as duas equipes também produziram grandes embates no Gauchão daquele ano, além de algumas coincidências. O técnico alvirrubro Ernesto Guedes, por exemplo, deixou o clube para assumir o Anilado naquele ano

Depois de começar mal, o Inter-SM se recuperou no segundo turno do campeonato e terminou na terceira posição, empatado com o próprio Novo Hamburgo. Para desempatar e decidir quem iria para os octogonais com um ponto extra, as duas equipes se enfrentaram, com vitória do Anilado nos pênaltis, após empate. Já no octogonal final, o Inter-SM levou a melhor: ficou com o posto de campeão do interior gaúcho após terminar em terceiro lugar, uma posição na frente do rival. Entre Taça de Prata e Gauchão de 1981, o duelo entre Alvirrubros e Anilados terminou favorável aos santa-marienses: foram duas vitórias para o Inter-SM e três empates.

Com a grande campanha no estadual, a equipe garantiu vaga para a Taça de Ouro de 1982, tornando-se um dos poucos clubes do interior gaúcho a disputar a primeira divisão do futebol brasileiro. Chegou à segunda fase do campeonato nacional, ficando em 22º entre 44 clubes, com destaque para a vitória de 3 a 0 sobre o Vasco de Roberto Dinamite, no Presidente Vargas.


O reencontro

Neste domingo, mais de quatro décadas depois de se encontrarem até em nível nacional, Inter-SM e Novo Hamburgo voltam a se enfrentar, agora em busca de seus objetivos na Divisão de Acesso. 

Alvirrubro chega para o confronto após empate em 1 a 1 na Serra Gaúcha contra o Brasil de Farroupilha, na quarta-feira (16). Com o resultado, o Inter-SM chegou a 20 pontos e ficou a uma vitória de garantir a classificação antecipada para as quartas de final da Divisão de Acesso, ao alcançar 23 pontos. 

Já o Novo Hamburgo vem a Santa Maria depois de vencer o Esportivo, em casa, por 2 a 1, na noite de quarta. A vitória deixou o Anilado com 18 pontos, a dois do Inter-SM, na oitava colocação. Com o técnico Rogério Zimmermann, que assumiu o comando da equipe na oitava rodada, o time não perdeu: são duas vitórias e três empates em cinco jogos. 

O último confronto entre as equipes foi em 2023, pelas quartas de final da Copa FGF. No primeiro jogo, em Novo Hamburgo, o Anilado venceu o Inter-SM por 3 a 0. No jogo da volta, o Alvirrubro chegou perto, ao vencer por 2 a 0, mas acabou eliminado da competição.

Última vez que as equipes se enfrentaram foi em 2023, pela Copa FGFFoto: Renata Medina/Inter-SM


Cobertura

A partir das 13h deste domingo, com o Grupo Diário, você acompanha tudo que acontece antes, durante e após a partida, na cobertura esportiva da Rádio CDN 93.5 FM, também na TV Diário (canal 526 Claro Net) e no YouTube do Diário de Santa Maria.



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